Muitas reformas e maior abertura ao exterior caracterizam o documento aprovado pelo PCC (Partido Comunista da China) na sessão plenária do seu 20.º Comité Central, cujo texto foi ontem (dia 21) divulgado na íntegra.
Intitulado “Decisão do Comité Central do PCC – Partido Comunista da China – sobre Aprofundamento Global das Reformas e Promoção da Modernização ao Estilo Chinês”, o documento aponta diversas medidas para ampliar a referida abertura ao exterior e construir um novo sistema de economia aberta.
A abertura é a marca distintiva da “modernização ao estilo chinês”. Desde a criação de 22 zonas-piloto de comércio livre e a construção do Porto de Comércio Livre de Hainan, até à assinatura e entrada em vigor do Acordo de Parceria Económica Regional Abrangente; desde as muitas reduções da lista negativa de acesso ao investimento estrangeiro, até à flexibilização do acesso a serviços como as telecomunicações e os cuidados médicos; e desde a promoção da construção de alta qualidade do Programa “Uma Faixa, Uma Rota”, até à criação de plataformas internacionais, como a Expo Internacional de Importação e a Feira Comercial de Serviços.
Ao longo da última década, a abertura da China tem vindo a tornar-se de cada vez mais ampla e bem-sucedida. Durante sete anos consecutivos, a China classificou-se como o maior país no comércio global de mercadorias; e durante 11 anos consecutivos, situou-se entre os três principais países do mundo em termos de investimento externo, com fluxos de capital que abrangem 155 países e regiões.
O que a China partilha com o mundo é, antes de mais, um mercado de enormes dimensões. O Plenário do PCC decidiu que se aproveitassem as vantagens deste mercado para reforçar a abertura (com regras, regulamentos gestão e padrões) e, simultaneamente, expandir a cooperação internacional.
De sublinhar que só no primeiro semestre deste ano, a China criou 26.870 novas empresas com investimento estrangeiro, uma subida de 14,2% em comparação com o ano anterior. O país atraiu 500 mil milhões de yuans (cerca de 63 mil milhões de euros) em investimento estrangeiro, o valor mais elevado dos últimos dez anos.
Os dirigentes chineses referem que “para ampliar a abertura ao exterior, não se deve apenas ‘convidar para entrar’, mas também estimular para sair”. Atualmente, os produtos da China tecnologicamente avançados como os veículos elétricos, as baterias de lítio e os painéis fotovoltaicos), são populares nos mercados internacionais, o que aumenta a oferta mundial de qualidade e promove a economia local.
A iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, lançada pela China, também trouxe grandes mudanças globais, atraindo a participação de mais de três quartos dos países do mundo e de mais de 30 organizações internacionais, ao longo de mais de 10 anos, e aumentando o investimento em quase um trilião de dólares americanos.
A Decisão do Comité Central do PCC agora aprovada, propõe-se melhorar o mecanismo de construção conjunta da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e coordenar a promoção de grandes projetos de referência, mas também de pequenos projetos que contribuam para o bem-estar dos habitantes, dando um novo impulso ao desenvolvimento global e com benefícios para as populações de todo o Mundo.
Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China