A Direção-Geral da Saúde e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica recomendam o não consumo de broa de milho pela população do concelho de Ourém.
Esta é uma recomendação para a população geral, emitida em resposta à Toxinfeção Alimentar Coletiva presumivelmente associada ao consumo de broa, de etiologia desconhecida à data, que está a afetar a região centro e o concelho de Ourém.
A Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo está envolvida na investigação epidemiológica que está a decorrer, bem como as restantes entidades de Saúde Pública aplicáveis (locais, regionais e nacionais), em estreita colaboração com Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INML).
Dos 187 casos suspeitos identificados nas últimas semanas, 15 são de Ourém, com idades compreendidas entre os 28 e 86 anos, e destes, apenas sete necessitaram cuidados hospitalares, recuperando rapidamente em poucas horas ou dias. O quadro sintomático é o descrito no comunicado: principalmente secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular. Estes sintomas foram observados entre 30 minutos a poucas horas após a ingestão de alimentos.
A Autoridade de Saúde e a ASAE têm implementado rapidamente as medidas definidas para conter esta toxinfeção e investigar a sua fonte, entre as quais a realização de análises ao alimento e matérias-primas, a inspeção de operadores económicos, a identificação de lotes de matérias-primas que possam ser suspeitos e restrição da sua utilização, quando aplicável.
Destaca-se o caráter preventivo e transitório desta recomendação, que se fundamenta no risco avaliado e incerteza associada a esta toxinfeção.
Assim, até que a DGS volte a considerar este alimento seguro, apela-se à colaboração dos cidadãos, sem alarmismos desnecessários.