A Câmara de Tomar aprovou na quarta-feira, 30 de novembro, um orçamento de 51,6 milhões de euros para 2023, “bastante acima do inicialmente previsto, devido ao aumento da despesa com pessoal, energia e empreitadas”, de acordo com as palavras de Anabela Freitas (PS), presidente do município. Este orçamento, que contou com os votos contra dos vereadores do PSD, terá ainda que ser aprovado pela assembleia municipal, antes de 31 de dezembro.
O orçamento da Câmara de Tomar para 2023 tem inscrita uma verba de 14,2 milhões para despesas de pessoal, que Anabela Freitas justificou pelos aumentos resultantes do acordo de concertação social e da aplicação do sistema de avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP), salientando que o número de trabalhadores “deriva muito da descentralização de competências”, sobretudo na Educação.
Para a autarca, o aumento de um milhão de euros das transferências do Orçamento do Estado, que em 2023 totalizarão 13,8 milhões de euros, “não será suficiente para acomodar o aumento desta despesa”. Anabela Freitas afirmou que era intenção do executivo apresentar um orçamento entre os 42 e os 43 milhões de euros, na linha dos anos anteriores, mas o crescimento de custos previstos, com o pessoal, mas também com a energia, gás, combustíveis e eventual revisão do preço das empreitadas, levou ao aumento para 51,6 milhões. Comparando com 2022, o orçamento cresce 3,1%, contabilizando já a incorporação do saldo de gerência, adiantando Anabela Freitas que se espera um acréscimo superior aos quatro milhões de euros já contabilizados. Em relação à dívida, segundo a Anabela Freitas, a mesma situa-se nos 14,7 milhões de euros (7,5 milhões dos quais de médio e longo prazo).
- Notícia desenvolvida na próxima edição em papel