O proTEJO celebrará o próximo dia 17 de julho com a descida de canoa “9.º Vogar contra a indiferença” e a demonstração ibérica de cidadãos “Pela despoluição do rio Nabão”, importante afluente da rede hidrográfica do Tejo.
Esta é uma ação de defesa de rios vivos sem poluição e livres de açudes e barragens para assegurar a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos, o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas e os fluxos migratórios das espécies piscícolas.
O “9.º Vogar contra a indiferença” inicia-se pela manhã no Sobreirinho e continua com um percurso fluvial em canoa pelo rio Nabão até ao Parque do Mouchão, na cidade de Tomar.
A descida de canoa tem 50 lugares disponíveis em 25 embarcações que irão colorir o rio Nabão de todas as cores, estando as inscrições abertas até ao dia 10 de julho (quarta feira) para quem desejar descobrir a beleza natural do rio Nabão no percurso fluvial entre o Sobreirinho e o Mouchão, desfrutando de uma magnífica experiência de defesa de uma causa comum, de comunhão com o rio e de fluviofelicidade.
Entre estes cidadãos conta-se uma participação muito significativa de amigos do Tejo de Espanha pertencentes à Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, esperando-se muitos participantes, como aliás é habitual, provando-se que a defesa da Vida nos rios ibéricos ultrapassa as fronteiras administrativas e une os cidadãos com os mesmos problemas, independentemente da sua nacionalidade.
Segundo a organização, “a demonstração ibérica de cidadãos ‘Contra a Poluição do rio Nabão’ decorrerá pela tarde, no Mouchão, com a leitura da ‘Carta Contra a Indiferença’ sobre a importância de se exigir o desbloqueamento da execução de medidas de melhoria de tratamento das águas residuais urbanas e a fiscalização das atividades poluidoras por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que se sabe serem necessárias para eliminar a irresponsabilidade que alimenta os focos de poluição no rio Nabão, que têm vindo a envenenar o ambiente e a afetar a biodiversidade e a saúde das pessoas. Na origem desta poluição está a falta de tratamento de águas residuais urbanas e de descargas de efluentes não tratados provenientes da agricultura, indústria, suinicultura, entre outras. Pretende-se ainda consciencializar as populações ribeirinhas para o aumento das pressões negativas que resultam da sobre exploração da água do Tejo: as que se avizinham, com projetos de construção de novos açudes e barragens, e as que já existem, face à gestão economicista das barragens hidroelétricas da Estremadura espanhola, aos transvases de água do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear. Serão ainda realçados a importância do regresso de modos de vida ligados à água e ao rio e das atividades de educação ambiental e turismo de natureza, cultural e ambiental”.
Esta atividade é organizada pelo proTEJO – Movimento Pelo Tejo e conta com o apoio do Município de Tomar, da Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, sendo responsável pela descida a Natur Z.