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Cancelamento do Bons Sons gera perdas de 3,5 milhões para região de Tomar

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O cancelamento do festival Bons Sons, na aldeia de Cem Soldos, traduz-se numa quebra de 3,5 milhões de euros para a região, estima a organização do evento que regressa de 12 a 15 de agosto de 2021.

“Acolhemos, respeitamos e compreendemos a decisão” de cancelar todos os festivais até 30 de setembro, disse a organização Bons Sons, na aldeia de Cem Soldos, no concelho de Tomar, que hoje anunciou o reagendamento da 11.ª edição do festival para os dias 12 a 15 de agosto de 2021.

Organizado pelo Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS), o festival tem um impacto económico estimado em 3,5 milhões de euros “cuja perda se vai refletir em toda a região”, afirmou à agência Lusa o diretor artístico do Bons Sons, Miguel Atalaia.

As perdas afetam “artistas, técnicos, agentes, fornecedores, parceiros”, mas também “o comércio da aldeia para o qual os dias do festival são uma lufada de ar fresco e a hotelaria da região que nesse período tem um elevado índice de ocupação”, sublinhou.

As características únicas do festival “organizado por uma aldeia que se une em regime de voluntariado”, envolvendo todas as gerações na preparação do cartaz, montagem de palcos e criação de espaços para receber milhares de pessoas, torna “difícil adiar o encontro entre o público e a população”.

Mas, sublinha Miguel Atalaia, Cem Soldos “é uma aldeia resiliente que terá a capacidade de ser reinventar para a próxima edição” e o cancelamento do festival não porá em causa “os projetos comunitários que vivem muito da dinâmica do Bons Sons e que são também assentes no voluntariado e nas parcerias”.

De acordo com a organização o festival tinha já esgotado os 1.500 bilhetes postos à venda na primeira fase e vendido grande parte dos ingressos disponibilizados na segunda fase de vendas.

“Aguardamos a clarificação sobre a devolução dos bilhetes ou a entrega de vales, mas acreditamos que a maioria do público do Bons Sons reverte as entradas já pagas para a edição do próximo ano”, afirmou Miguel Atalaia, lembrando que muitos ingressos são adquiridos “muito antes de ser conhecido o cartaz”.

Em comunicado, a organização referiu hoje que mais que um festival, o Bons Sons “é uma aldeia em manifesto” e que SCOCS teve, ao longo dos 13 anos e 10 edições realizadas, que “reaprender a manter uma comunidade ativa”.

Em tempo de pandemia o desafio é agora “adaptar-se nestes tempos imprevistos, estranhos e muito difíceis”, estando já a ser planeada “uma retoma controlada e segura de atividades, eventos e serviços, repensando formatos e causas, aproveitando para encetar novas formas de organização comunitária que respeitem, integrem e envolvam todos”.

Antes de 2021, adiantou Miguel Atalaia, Cem Soldos “encontrará forma de sinalizar a data em que o festival se realizaria este ano”, prometendo para agosto a realização de iniciativas a anunciar.

Organizado desde 2006 pelo SCOCS, o Bons Sons manteve-se bienal até 2014, passando depois a realizar-se anualmente.

A aldeia de Cem Soldos é fechada e o seu perímetro delimita o recinto que acolhe 10 palcos integrados nas ruas, praças, largos, igreja e até garagens e lagares.

São os cerca de 1.000 habitantes da aldeia que organizam e montam o festival, ao longo do qual acolhem e servem os visitantes, numa partilha que distingue o Bons Sons dos restantes festivais nacionais.

O Governo anunciou na quinta-feira a proibição de festivais em Portugal até 30 de setembro devido à pandemia de covid-19.

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