Samuel Fontes, candidato do Chega à Câmara Municipal de Tomar em entrevista:
Samuel Fontes, de 56 anos, é o candidato do partido Chega às eleições autárquicas de 12 de outubro. Com uma carreira sólida de 35 anos no setor bancário, é pai de três filhos e tem raízes em Tomar, cidade onde chegou em 1975, vindo de Angola com a sua família. Fez todo o percurso de ensino secundário em Tomar, antes de se mudar para Lisboa para prosseguir os estudos superiores. Cumpriu o serviço militar obrigatório antes de ingressar na universidade, conciliando desde então a vida académica com o início da carreira na banca. Ainda antes de concluir o curso, casou-se e tornou-se pai pela primeira vez aos 30 anos, já desempenhando funções de gerência num balcão bancário. Em 1998, decidiu regressar a Tomar, cidade onde escolheu criar a sua família. Ao longo da carreira, passou por diversas localidades da região, como Minde, Mira de Aire, Fátima, Torres Novas e Abrantes, mantendo sempre atividade na banca. Há cerca de dois, três anos, voltou a estar profissionalmente sediado em Tomar, onde continua a desenvolver o seu trabalho. A sua candidatura representa o compromisso com a sua terra e a vontade de contribuir ativamente para o desenvolvimento do concelho.
Como é que entra a política na vida do Samuel e, concretamente, ao partido Chega?
Desde a criação do partido do Chega, em abril de 2019, que me comecei a rever muito naquilo que o André Ventura defendia. E fui sempre acompanhando o percurso e a evolução do partido. É claro que, em determinada altura, fartei-me de estar sempre em casa a dizer mal, e a dizer que podíamos mudar e disse: não, chegou a hora. Isto numa altura da minha vida em que tenho os meus filhos criados, a minha formação bancária ou o meu percurso bancário também está a chegar a uma altura de final de percurso em termos profissionais, portanto é um momento para eu ter uma participação cívica diferente, mais ativa, mais participativa. E assim foi. Cheguei, demonstrei vontade de participar e fui integrado nos quadros do Chega. E depois apareceu o convite para esta candidatura.
Foi algo natural tendo em conta no fundo a ligação com o partido?
Acabou por ser algo natural este convite, obviamente que sim.
Não hesitou quando o convidaram?
Claro que hesitei (risos), obviamente que hesitei. Falei com a família, obviamente, e tive também um momento de introspeção comigo mesmo, até tomar a decisão e depois achei que sim.
E o que é que o levou a dizer que sim? Foi querer fazer realmente algo diferente?
Foi exatamente o querer fazer algo diferente. No fundo, é olhar para o meu concelho, para a minha cidade, perceber que o se passa aqui não é muito diferente do que se passa no país. No fundo, acabamos por ser uma alternância política entre dois partidos que até agora faziam parte da governação e que, basicamente, dividiam entre si os tempos de governação. E o que é certo é que as coisas continuam sem evoluir. Se nós olharmos para o nosso concelho, continuamos igual ao que estávamos há 10, 15 ou 20 anos.
– Leia a entrevista completa na edição que já está nas bancas