A última reunião pública do executivo camarário, na segunda feira, dia 22 de janeiro, contou com a presença de um conjunto de cidadãos que foram representados por Francisco Antunes, o qual abordou a Barragem do Carril, uma infra-estrura, no seu entender, “importante para o concelho de Tomar e valorizada por quem não é de Tomar”.
Na sua intervenção, Francisco Antunes abordou uma reunião entre a câmara e a Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), que se realizou ainda com a ex-presidente Anabela Freitas, em 2 de maio de 2023, na data relacionada com o ponto de situação da reparação da conduta, mas, segundo o mesmo, “atualmente os agricultores não sabem nada do que se pensa fazer em relação à gestão da Barragem”. Numa altura em que os agricultores preparam os terrenos para cultivar e também numa altura em que se regista outra rotura na conduta, os mesmos pretendem saber se existe, por parte da Câmara de Tomar, alguma proposta no sentido de “poder fazer a gestão desta pequena Barragem”, questionou Francisco Antunes.
Na resposta, o presidente da câmara, Hugo Cristóvão, lamentou a nova rotura, informou que irá reunir em breve com a DRAPLVT, pois ainda no tempo de Anabela Freitas foi colocada em cima da mesa a possibilidade de gestão com o envolvimento do município, no entanto, essas conversas não tiveram conclusão, devido, por um lado, a questões legais, e por outro, a questões financeiras.
Lembrou Hugo Cristóvão que a câmara não tem competência legal para intervir na gestão da barragem, no entanto, segundo o mesmo, “estamos disponíveis para isso, mas tem de existir um envelope financeiro para o efeito”. Há, assim, necessidade de a câmara reunir com a DRAPLVT ou Ministério da Agricultura para essa possibilidade poder avançar.
Hugo Cristóvão lamentou, ainda, o facto de a associação de regantes “nunca ter chegado a bom porto e era importante que isso acontecesse para vos dar uma entidade e ajudar na própria gestão. Daria responsabilidade, mas também outros meios para fazerem valer os vossos direitos”, disse.
Francisco Antunes voltou a intervir lembrando que a Barragem é “o ganha pão de grande parte da Freguesia de S. Pedro e, por isso, estamos dispostos a constituir uma associação para fazer a gestão porque, como se costuma dizer, o agricultor não pode andar a cavar e a gerir”.