Foi lançado, no dia 30 de novembro, mês em que se assinalaram os 25 anos do falecimento dessa figura maior do século XX tomarense, o livro “NINI – Fernando Ferreira e a salvaguarda do património cultural de Tomar”. A obra, editada pelo município, contém um conjunto de artigos que escreveu na imprensa local, particularmente nas décadas de setenta e oitenta.
Com o Moinho da Ordem muito bem composto, coube ao presidente da câmara, Hugo Cristóvão, fazer uma pequena introdução ao tema, ressalvando a importância de Fernando de Araújo Ferreira na preservação da memória de muitas das tradições tomarenses.
António Sousa fez a apresentação do livro, que foi também uma afetiva resenha biográfica do seu autor, explicando o modo como no princípio do século XX ele fez parte de uma geração de figuras que viriam a ter especial relevo na vida tomarense, entre as quais o seu homónimo Fernando Lopes-Graça, recordando como, apesar de terem opções ideológicas divergentes, mantiveram uma amizade e cumplicidade até ao final das suas vidas.
De Nini, relembrou ainda a importância que teve na vida cultural e associativa, em especial no alfobre da Nabantina de onde haviam de sair dois outros notórios coletivos artísticos: o Coro Canto Firme e o grupo de teatro Fatias de Cá.
O livro, que conta com uma introdução de André Camponês que situa o homem e a sua obra no contexto tomarense do século passado, e com um testemunho de Nuno Garcia Lopes acerca do seu cruzamento com Nini nas redações dos jornais locais, integra textos esparsos inéditos em livro que, no seu conjunto, abordam a Festa dos Tabuleiros, o Círio de Nossa Senhora da Piedade, figuras típicas da cidade e do concelho e outras temáticas em que a salvaguarda do património, seja ele construído ou natural, escrito ou oral, é sempre um denominador comum.