No início do ano letivo, os encarregados de educação dos alunos do 1.º ciclo do Agrupamento Templários foram confrontados com novidades em relação às AEC’s (Atividades de Enriquecimento Curricular), ou seja, em vez de as mesmas terem lugar no final do horário escolar (depois das 15h30), como acontecia até agora, algumas poderão passar a realizar-se no meio do horário escolar, o que leva os alunos a saírem mais tarde nalguns dias.
Os encarregados de educação já se mobilizaram e prometem lutar até às últimas consequências para impedir que a câmara coloque as AEC’s em pleno horário escolar. Os representantes dos pais das diferentes turmas enviaram mails para a câmara, agrupamento, Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) e Federação Nacional da Educação (FNE) a contestar a decisão, decisão também contestada pelo agrupamento.
Na reunião de câmara, na segunda feira, o vereador da Educação, Hugo Cristóvão, foi questionado pela vereadora Lurdes Fernandes (PSD) sobre a situação, tendo o mesmo referido que se trata de “uma tempestade num copo de água” e assegurou que a informação que tem sido veiculada “é errada”. Hugo Cristóvão apontou ainda o dedo a Paulo Macedo, diretor do Agrupamento Templários, referindo que “há coisas que são ditas que não deveriam ser ditas pelo responsável do Agrupamento Templários”.
Hugo Cristóvão disse ainda que a medida não vai prejudicar os alunos, que se trata de uma medida que acontece em diversos municípios e que se trata de uma forma para que “todos os alunos tenham a mesma igualdade de oportunidades, uma vez que nem todos podem frequentar atividades nos clubes ou associações a pagar”, disse. Lembrou, também, que Tomar tem 1458 alunos no pré e 1.º ciclo.
O vereador Tiago Carrão (PSD) também abordou o assunto, acusando Hugo Cristóvão de ter “tiques de poder absoluto” e criticou-o pelo facto de ter colocado as culpas nos professores.