A Associação de Dadores de Sangue Benévolos do Hospital de Tomar (ADSBHT) comemorou no domingo, 25 de junho, o seu 29.ª aniversário, numa sessão comemorativa que encheu por completo o auditório da Escola Jácome Ratton. Antes desta cerimónia, realizou-se a deposição de coroa de flores em homenagem aos dadores falecidos no Cemitério de Santa Maria dos Olivais.
A sessão começou com um momento musical com a atuação do Coro da Universidade Sénior de Tomar, após o que Joaquim Palricas, presidente da ADSBHT deu as boas vindas a todos os presentes. Na ocasião, revelou o sonho da Associação: um monumento de homenagem ao Dador. “O dador merece e servirá também para avivar as nossas consciências para a necessidade deste movimento da dádiva de sangue benévolo, feita de forma altruísta, anónima e não remunerada e também regular e fidelizada”, disse.
Sobre este sonho, revelou que já percorreram alguns passos e que já tem “um projeto em desenvolvimento e altos responsáveis que acolheram a ideia”, estando seguro que, certamente, chegarão à sua concretização, faltando definir o local e o financiamento.
A ideia projecto foi apresentada nesta sessão por Miguel Rodrigues e David Cascaes que, com caracter benévolo, ajudam na concretização deste sonho. David Cascaes referiu que “trata-se de uma escultura em homenagem aos dadores de Tomar que começou há cerca de 1 ano e, desde aí, tem sido desenvolvido trabalho criativo e colaborativo e surgiu algo interessante para uma rotunda perto do hospital”, referiu.
Miguel Rodrigues explicou que “a escultura partiu da inspiração do logotipo da ADSBHT, um coração” e mostrou um exemplo de como a mesma pode ficar inserida numa rotunda de Tomar, frisando que a localização não está definida. “O coração apresenta alguns buracos pois representa aquilo que damos de nós a quem precisa. Vamos tirando, pouco a pouco do nosso sangue, para quem precisa”, ilustrou, sendo que os blocos representam as gotas de sangue. De noite, a escultura fica dotada de efeitos luminosos que revelam ainda mais o seu simbolismo. Joaquim Palricas referiu que para a concretização deste sonho falta avançar com todas as autorizações devidas necessárias, sendo que tudo vão fazer para concretizar este ensejo, referindo que esta era uma escultura que, no seu entender, “ficaria bem na avenida do Hospital”.
Hugo Cristóvão, vice-presidente da autarquia: “Monumento será uma realidade”
Presente nesta cerimónia, o vice-presidente da autarquia, Hugo Cristóvão, referiu que “aquilo que fazemos pelos outros de forma abnegada, involuntária é sempre de valorizar”. Destacou que na ideia do monumento que foi apresentado “os buracos no coração querem dizer que este é um trabalho que está sempre inacabado” e que é sempre necessário apelar à dadiva de sangue. A propósito do monumento que tem vindo a ser trabalhado, confirmou que a ADSBHT) e autarquia começaram a conversar há alguns meses sobre esta iniciativa e que “com certeza, será uma realidade”, embora não esteja definido o local exato, porque pode haver algum obstáculo a melhorar e “será um elemento para a arte urbana da cidade de Tomar”.
– Notícia desenvolvida na edição semanal de 7 de julho