A um mês do início da Festa dos Tabuleiros, propriamente dita, com o Cortejo dos Rapazes a 2 de julho, o Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com o Mordomo, Mário Formiga, sobre os preparativos desta grande festa, classificada como Património Cultural Imaterial Nacional.
– A Festa dos Tabuleiros já é Património Nacional. Foi uma boa prenda este ano?
– Claro, foi uma segunda feira atribulada, logo pelas 9h00, quando soubemos. Se fosse programado poderíamos ter lançado um foguete ou tocado os sinos…Foi uma alegria enorme para todos os tomarenses e agradeço ao município pelo seu empenho. Foi muito bom ter sido este ano. Agora o segundo passo é a classificação como Património da Humanidade.
– Quem são as personalidades que vão estar este ano a assistir à Festa? Já foram feitos os convites? O Presidente da República irá, novamente, marcar presença?
– Os convites são feitos pela câmara, sei que vão estar muitos embaixadores e muitos outros convidados. O Presidente da República também foi convidado.
– O Mário Formiga foi durante muitos anos Mordomo das Ruas Populares Ornamentadas, agora é o Mordomo da Festa. É algo completamente diferente?
– Desde 1995 que integro a Comissão da Festa e, nos últimos anos, fui Mordomo das Ruas, e nesses anos fui lidando com muita gente e ganhando experiência. Mas ser Mordomo da Festa é muita responsabilidade, é a figura máxima escolhida pelo povo, é um orgulho muito grande. Nunca mais esquecerei o dia 10 de abril de 2022, foi muita emoção.
– Nas Saídas de Coroas temos visto muitas pessoas. Ao todo quantas pessoas integram este cortejo?
– A Comissão Central é constituída por várias comissões setoriais, cada uma tem um Mordomo e cada um desses Mordomos tem a sua equipa. São 33 Mordomos e 300 pessoas que integram a Comissão.
– Estamos na quarta Saída de Coroas. A receção tem sido bastante positiva?
– Tem sido fantástico, é o anúncio da Festa e para muitos moradores e ruas aquele dia para eles é o dia da Festa dos Tabuleiros. Temos passado por ruas espetaculares na decoração e na forma como nos têm recebido.
– Recorda-se qual foi o ano em que houve maior número de ruas ornamentadas?
– As últimas edições. Há quatro anos tivemos 32 ruas e este ano temos 33. Há sempre alguma que desiste, mas é substituída por outra. Nos últimos anos, com o decréscimo de população no centro histórico, têm sido convidados os Agrupamentos Escolares, as associações, entre outros. Este ano vamos ter duas ruas enfeitadas pelos agrupamentos e várias instituições que vão enfeitar as ruas. (…)
Ana Isabel Felício/José António
Entrevista completa na edição impressa de 26 de maio.