Ricardo Cardoso: “Os resultados são possíveis, mas tem de haver mais envolvimento, um apoio mais efetivo no Sp. Clube de Tomar”

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O Sporting Clube de Tomar conquistou, no passado dia 30 de abril, pela primeira vez, a Taça de Portugal de Hóquei em Patins, um dia que vai ficar marcado para sempre no clube tomarense. Depois da festa e da euforia, o Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com o presidente do clube, Ricardo Cardoso, que nos falou desta importante vitória e do futuro do clube.

– O Sporting Clube de Tomar fez um feito histórico com a conquista da Taça de Portugal. Quem é aquele que pôde agarrar a Taça deste Clube centenário?

Estou no Clube há 40 anos, fui atleta do Sp. Tomar. Quando acabei a minha formação na área do Desporto, voltei a Tomar e recebi um convite para integrar o Clube, onde comecei a aprendizagem do Hóquei em Patins, dediquei-me também ao treino, mais tarde fui treinador de Hóquei em Patins, trabalhei com o atual treinador, Nuno Lopes, como treinador adjunto. Quando o João Henriques, professor, colega, amigo, saiu da direção, em 2012, eu era suplente ou vogal, estava na área do treino, e o João confiou-me o Clube pelo conhecimento que eu tinha das pessoas, da cidade, do clube, da modalidade. Assim, quando assumi a direção do Sp. Tomar, estava a construir a minha carreira de treinador. Com a minha direção, construímos o Centenário do Clube, uma festa digna, um trabalho de muitas pessoas, desde exposições, livro, uma gala, um jantar com 600 pessoas na Jácome Ratton…

– E na data qual era o seu desejo?

Tinha o desejo que o Clube crescesse, porque na altura, não tinha estabilidade, ora crescia, ora descia. Também não é fácil estabilizar o Clube na área geográfica em que vivemos, porque é uma zona com pouco investimento no Clube. Temos de ter uma perspetiva colaborativa de nos ajudarmos uns aos outros.

– A Festa da conquista da Taça foi a que esperava?

Sim, houve presença, envolvência dos tomarenses e dos sócios, foi tudo espontâneo. Eu sabia, de antemão, que se vencêssemos iríamos ser recebidos na câmara, mas guardei para mim, porque estávamos focados no jogo, um jogo que foi intenso e que nunca mais acabava. No final, foi festejar, os tomarenses apareceram na rua e a festa continuou, continuou durante dias, houve convívios, jantares, para homenagear os técnicos e os jogadores que são os obreiros.

– O pavilhão foi pequeno para esta final?

É verdade, tem a sua limitação e, por questões de segurança, muitas pessoas ficaram de fora, com muita pena nossa. Pela vontade do Clube, o espaço deveria ter o dobro dos lugares e conseguir acolher todos os tomarenses e sócios do Clube que quisessem ver o espetáculo. Não estando presentes fisicamente, para nós estiveram.

– E como é que o Ricardo festejou?

Estive com a equipa até um determinado momento e aos poucos vêm-nos as lembranças daquilo que o Clube era, como é que construímos o Clube, o que o Clube é hoje, o trabalho que deu, mas foi também importante retirar-me para o seio da família, era importante para mim estar com a família, por isso, vivi a festa sozinho, com a família e com os nossos campeões. Mas foi muita emoção nos dias seguintes. (…)

Ana Isabel Felício/Elsa Lourenço

Leia a entrevista na íntegra na edição impressa de 12 de maio.

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