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José Francisco: “Com perto de 60 anos queremos manter o Chico Elias como está e tentar trabalhar bem para agradar aos clientes”

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Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

José Francisco Elias, co-gerente do restaurante Chico Elias, nas Algarvias, esteve à conversa com Carlos Gonçalves, no programa da RCT, Tomarlugar. O restaurante “Chico Elias” tem suas origens na tasca do “Elias” – o avô – na data, também loja e espaço de convívio, muito comum, do antigamente das nossas aldeias. Da tasca do bom vinho, dos petiscos e da icónica feijoada de caracóis, é hoje, e de há muitos anos a esta parte, um dos restaurantes de referência da região e do país, tendo, recentemente, sido distinguido com o prémio “Mérito 20 Anos”, do “Guia Boa Cama e Boa Mesa” do jornal Expresso, como reconhecimento de um percurso de sucesso.

– O Elias era o seu avô, que deu início à tasca e os seus pais foram os fundadores do restaurante propriamente dito. Agora é o Francisco e a sua irmã, Isabel Simões, que gerem este espaço. Como é que as coisas estão a correr?

Estão a correr bem, os meus pais entregaram-nos o restaurante e nós abraçámos este projeto. A Isabel melhorou algumas especialidades criadas pela minha mãe e melhorámos o atendimento, é mais personalizado. Torna-se um ambiente acolhedor e familiar, um espaço de convívio, com conversas com os clientes durante as refeições, um ambiente especial que satisfaz os clientes e satisfaz-nos a nós. Acaba por ser uma família que recebe famílias.

– É um restaurante familiar?

Sim, é familiar, o tipo de comida ajuda a que isso se proporcione e a publicidade acaba por ser o passa palavra do cliente que recomenda aos amigos e que vem propositadamente de vários pontos do país e até mesmo a nível internacional.

– Pode dizer-se que este restaurante tem uma dimensão internacional? Qual é o limite?

Posso dizer que 99 por cento dos clientes são de fora, o que é compreensível, pois quando as pessoas saem vão para outras zonas. Temos muitos clientes estrangeiros, apesar de ser necessária reserva prévia e esta necessidade prende-se com o facto de a comida ser feita em forno de lenha, previamente condimentada e, por isso, não conseguimos fazer na hora. Temos duas salas e capacidade máxima para 120 pessoas.

– As marcações são feitas individualmente ou têm parcerias com agências de viagens?

Temos parcerias com agências e grupos que marcam por si. Mas a maior parte dos clientes vêm através das agências e agora através de agências de cruzeiros, que antes ficavam só por Lisboa. Este ano já temos três grupos de agências de cruzeiros, o que será bom, pois além do Chico Elias, irão visitar a cidade, o Convento e, certamente, outros restaurantes. É importante para Tomar e para esta região, para o interior do país. (…)

Carlos Gonçalves

Entrevista na íntegra na edição impressa de 5 de maio.

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