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Visita à Moagem e Rota das Capelas para assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

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Ana Isabel Felício
Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

No âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assinalado a 18 de abril, realizou-se, no sábado, dia 15 de abril, na Moagem A Portuguesa (inserido no 140.º aniversário do antigo espaço moageiro), uma visita guiada pelo professor Jorge Mascarenhas, do Instituto Politécnico de Tomar, o qual deu a conhecer, a um pequeno grupo,  o edifício da Moagem A Portuguesa, edifício que “data de 1912 e é parte integrante do Complexo Cultural da Levada de Tomar, um conjunto arquitetónico de relevância edificado junto e sobre o rio Nabão e que conta a história deste equipamento industrial desde o séc. XII até ao séc. XX”.

Na sua explicação, o professor Jorge Mascarenhas deu algumas notas curiosas sobre o antigo moinho, referindo que tanto o rio Nabão como o Alviela são muito importantes. São rios, segundo o mesmo, que mesmo em períodos de seca “nunca se deixam de ouvir”, ou seja, há sempre fluxo, a cascata continua a cair e a ouvir-se o som da água. “Mesmo em verões extremamente secos, o rio Nabão tem um fluxo de 5m3 por segundo”. Explicou ainda que “devido a ao seu grande potencial hidráulico, foi construído o Açude dos Frades, açude que fazia com que a água fosse conduzida para o canal da Levada, passava por baixo dos lagares, através de estreitos túneis. A sua força fazia funcionar os mecanismos que davam a energia ao moinho”.

Referiu ainda o professor que este moinho tem uma particularidade, que é o facto de ser todo feito em madeira, tendo sido mais tarde proibido, pois a farinha não pode estar em contato com a madeira. Apesar de que, no estrangeiro, já tenha estado num moinho parecido, também em madeira, onde são feitas bolachas para os turistas, que adoram a iniciativa.

Segundo explicou o professor Jorge Mascarenhas, “todo o cereal tem um gérmen, que é o embrião do cereal, muito rico em vitamina E, que retarda o envelhecimento e reforça o sistema imunitário, no entanto, tem um inconveniente, reduz a durabilidade da farinha e torna-a menos branca. No início do século, em termos comerciais, foi uma guerra, pois todos os padeiros queriam a farinha branca. Este moinho não eliminava o gérmen do cereal”.

Capela Nossa Senhora da Conceição

Também no âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, as capelas de Tomar estiveram de portas abertas ao público. À exceção da Capela de S. Gregório, estiveram abertas a Capela da Nossa Senhora da Piedade, Capela de Santo António, Capela de São Lourenço, Capela da Nossa Senhora da Conceição e Igreja da Nossa Senhora da Graça.

Notícia completa na edição impressa de 21 de abril.

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