O Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com Luís Cunha, músico e representante da Musicamera Produções, entidade que, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Tomar e com a câmara, vai promover vários espetáculos ao longo do ano.
– A Musicamera Produções vai promover vários espetáculos em Tomar. Que entidade é esta?
– Luís Cunha – A Musicamera Produções é uma entidade que tem o apoio do Estado e desenvolve o seu serviço público na área da produção de concertos, eventos de música dita clássica, música erudita, com vários projetos regulares em curso como a Musicamera Tomar.
– A vossa presença já é habitual em Tomar, nomeadamente com o Festival ZêzereArts?
– Sim, temos uma presença assídua em Tomar, pois já vamos para a 14.ª edição do Festival ZêzereArts, que decorre no verão, e que junta em Tomar uma centena e meia de jovens e menos jovens, pode dizer-se dos sete aos 77 anos, que vêm fazer concertos e formação na área vocal. Nós organizamos formações corais e também instrumentais, ou seja, as corais atraem muito particularmente gente de toda a Europa, juntamos aqui todos os anos um coro que varia entre 50 a 80 figuras e fazemos concertos e formação, contando com a participação de jovens de vários pontos da Europa e também muitos de Portugal. Este ano estamos a contar com a presença de 25 chineses que vêm de Hong Kong e que vêm fazer formação com professores de alto gabarito que nós convidámos e que passam aqui connosco entre 15 dias a três semanas no verão, entre Tomar, Ferreira do Zêzere, recentemente também em Ourém e também já estamos a ter atividade na Barquinha.
– Pode dizer-se que o Festival ZêzereArts é um projeto para a região?
– Sim, para a região, é um projeto que já contou com o apoio do Médio Tejo durante três anos na fase de instalação e é um projeto de formação, de cursos, com o festival de verão que vai de vento em popa. Por isso, achámos por bem durante o resto do ano fazer mais qualquer coisa com atividades aqui. Tomar e esta região é uma zona de grande relevância cultural, essencialmente por via do património que Tomar ostenta, um património material e nós queremos contribuir com a vertente do património imaterial, que é a nossa área. A música representa memórias da nossa humanidade que se vai consolidando ao longo dos séculos e que é importante reavivar permanentemente, além de que a música é permanentemente criação e nós estamos sempre a estimular a criação através da encomenda de obras a novos compositores, fazemos criação pela interpretação e fazemos criação de novas obras que promovemos. (…)
Notícia completa na edição impressa de 10 de fevereiro.