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Em Tomar cantam-se os Reis

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Ana Isabel Felício
Ana Isabel Felício
Comecei a trabalhar no Jornal Cidade de Tomar em 1999. Já lá vão uns anitos. Depois de sair da Universidade e de todas as dúvidas e dificuldades que surgem, foi-se construindo um caminho de experiência, com muitas situações, muitas pessoas, muitas aventuras e, claro, muito trabalho. Ao fim de todos estes anos, apesar de todos os percalços que a vida nos vai dando, cá estou, todos os dias a fazer o meu trabalho o melhor que sei, aprendendo com os que me rodeiam e também ensinando alguma coisa.

O Ciclo Cantar Natal 2022, da Canto Firme, termina, no próximo sábado, dia 7 de janeiro, com o XXXVII Concerto de Reis, que tem início às 16h00, na Igreja de Santa Maria do Olival, concerto que contará com o Coro Misto Canto Firme, o Coro Vozes Brancas da Canto Firme, Ensemble de Metais da Canto Firme e a Orquestra da Amizade. O Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com o maestro António de Sousa sobre este concerto, uma tradição que teve início há já muitos anos.

Numa organização da Canto Firme, o Cantar Natal teve início, segundo o maestro António de Sousa, após uns cursos que tiveram lugar na associação. “No primeiro ano fez-se o Cantar Natal que terminava com um Concerto de Reis, isto no mandato do ex-presidente Pedro Marques. No ano seguinte, a câmara sugeriu a continuação e criou-se um ciclo com a ideia desde o início de revitalizar, pois, na data, ninguém cantava os Reis e pretendeu-se revitalizar a tradição das músicas de Igreja e de Natal”, refere.

Recorda o maestro que, na data, o evento incluía também o madeiro (a fogueira), o que acontecia na Praça da República, frente à Igreja de S. João Baptista. O concerto tinha lugar no interior da Igreja e, depois, os Reis cantavam-se na rua, frente à câmara. Recorda António de Sousa que o segundo verso da música dos Reis dizia: “Vimos pedir aos senhores se os Reis nos deixam cantar”, numa alusão aos “senhores da câmara”.

“Foram momentos bem passados”, considera António de Sousa, explicando que “a pouco e pouco o evento ficou muito organizado, com muitas pessoas e depois havia o transporte dos grupos de folclore, a colocação de barraquinhas… e a tradição do madeiro deixou de se realizar”.

Sobre ainda a tradição de cantar os Reis, refere o maestro que “em Tomar cantam-se os Reis e não as Janeiras. Após investigação com base em entrevistas a várias pessoas, descobriu-se que os Reis e as Janeiras estavam relacionados com a apanha da azeitona, depois da apanha da mesma é que se começava a cantar os Reis, aqui nesta zona, noutros sítios era mais cedo e cantavam-se as Janeiras, são aspetos culturais”. No sábado, no Concerto de Reis, tal como é tradição, o mesmo será feito “com música da época, litúrgica, canções de Natal mais ou menos conhecidas, a temática é sempre o Natal com reportório litúrgico de todas as épocas, desde o século XIII, XIV até mais atual.

Ana Isabel Felício/Elsa Lourenço

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