China e Argentina dão exemplo de cooperação entre países de mercados emergentes

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No ano em que se comemora meio século de relações diplomáticas entre a China e a Argentina, os Presidentes de ambos os países enviaram mensagens de congratulações ao Forum de Alto Nível sobre Intercâmbio Cultural China-Argentina.

“Durante 50 anos, as relações entre a China e a Argentina resistiram ao teste da turbulência internacional e tornaram-se um modelo de solidariedade, cooperação e desenvolvimento comum para os países de mercados emergentes e países em desenvolvimento” – afirmou o Presidente Xi Jinping na sua mensagem, acrescentando esperar que os participantes no Forum ajudassem a escrever um novo capítulo na parceria estratégica, contribuindo para a construção de uma comunidade de futuro compartilhado entre a China e a América Latina.

Quanto ao Presidente da Argentina, Alberto Fernandez, na sua mensagem ao Forum, fez votos para que os dois países aprofundem a cooperação, dando contributos importantes para o bem-estar dos dois povos e para a paz mundial.

A solidariedade e cooperação entre os dois países e o seu desenvolvimento comum estão enraizados no seu firme apoio aos interesses soberanos um do outro. Na declaração conjunta sobre o aprofundamento da parceria estratégica global entre a China e a Argentina, em Fevereiro deste ano, a Argentina reafirmou a sua adesão ao princípio de uma só China e a China reiterou o seu apoio à exigência argentina do pleno exercício da soberania sobre as Ilhas Malvinas. Este apoio firme, baseado no respeito mútuo pela soberania, está no centro dos laços de amizade entre os dois países.

Entretanto, o desenvolvimento saudável e estável das relações económicas e comerciais sino-argentinas beneficiou ambos os lados, com o volume do comércio bilateral a aumentar para cerca de 18 mil milhões de euros – mais 28,3% do que em 2021. A China continua a ser o segundo maior parceiro comercial da Argentina. Em Fevereiro deste ano, os dois países assinaram uma dúzia de acordos, incluindo um memorando de entendimento sobre cooperação na construção do programa “Uma Faixa, Uma Rota”, cobrindo muitas áreas como a agricultura, economia digital e desenvolvimento verde.

Actualmente, ambos os países enfrentam as questões da recuperação económica pós-pandemia e procuram garantir o bem-estar das populações. Com o programa “Uma Faixa, Uma Rota”, os dois países estão a reforçar os alicerces da cooperação e a promover o desenvolvimento.

Por exemplo, nas margens do rio Santa Cruz, na Argentina, os dois países estão a construir, em conjunto, a central hidroeléctrica “Quisé”, a mais austral do mundo”. Uma vez concluída, esta central terá uma capacidade média anual de produção de energia de 4,95 mil milhões de kilowatt-hora e espera-se que poupe à Argentina quase 1,1 mil milhões de dólares por ano em importações de petróleo e gás.

No Fórum de Alto Nível, o Grupo de Media da China (CCTV) anunciou que vai trabalhar com os seus parceiros de media argentinos para lançar a “Semana de Cultura China-Argentina” e a “Linha Direta de Notícias China-América Latina”.

O desenvolvimento abrangente e rápido das relações sino-argentinas é também um microcosmo do dinamismo das relações sino-latino-americanas. De Janeiro a Julho deste ano, as exportações da China para a América Latina atingiram o equivalente a 134 mil milhões de euros, um aumento de 21,4% em relação ao ano anterior, enquanto que as importações atingiram o equivalente a 125 mil milhões de euros, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. Por trás destes excelentes resultados está a solidariedade e cooperação entre a China e os países da América Latina, o seu desenvolvimento comum, e o crescimento da comunidade de futuro partilhado China-América Latina.

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