Integrado nas comemorações dos 50 anos do Liceu Nacional de Tomar/Escola Secundária Santa Maria do Olival, foi apresentado, na biblioteca desta escola, no passado dia 28 de maio, o livro “O quê? A sério? Esta escola hilariante”, da autoria do professor Carlos Craveiro. O Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com o autor, antigo aluno do Liceu de Tomar e professor, sobre esta obra que surge a partir de 28 apontamentos que encontrou na sua gaveta, relatando histórias hilariantes ocorridas nesta escola.
Cidade Tomar – Como é que surge esta obra que foi apresentada no dia 28 de maio?
Carlos Craveiro – Surge no seguimento de vários episódios hilariantes que ocorreram na escola. Eu fui escrevendo e guardando esses relatos na minha gaveta e, no passado mês de fevereiro, comecei a elaborar o livro. É um livro modesto, era para ser mais avantajado, mas, para já, não deu, mas ainda tenho mais material na minha gaveta, talvez na reforma, ainda me faltam quatro anos, vamos ver.
– Além de professor, foi aluno no Liceu?
– Sim, devo de ser um dos mais antigos professores da escola. Eu vim para o Liceu no ano em que o mesmo abriu, para o ensino complementar, como se chamava na data e estive até ao ano transitório, o chamado ano zero, antes de ir para a universidade. O atual 12.º ano só surgiu na década de 80.
– Qual foi o seu percurso profissional?
– Depois de sair da universidade, onde me licenciei em Biologia, trabalhei como professor estagiário na Escola Secundária de D. Duarte, depois na Escola Preparatória de Avelar, depois, em 1984, ano em que exerci o serviço militar obrigatório, fiquei colocado na Escola Secundária Maria Lamas, em Torres Novas, onde nunca fui. Em 1985 fui colocado em Tomar, na Escola Secundária Santa Maria do Olival, onde estou até hoje.
– Como é ser professor hoje em dia?
– A pressão é diferente do que no início de carreira. Os pais estão mais presentes (e bem), há mais reclamações, há um conjunto de pessoas que nos avaliam. Antes o professor era uma autoridade, para o bem e para o mal, mas deixou de o ser. Os professores antigos primavam pela firmeza, eram intocáveis e havia dificuldade em os abordar. (…)
Uma entrevista na íntegra na edição impressa de 3 de junho.
Ana Isabel Felício/Elsa Lourenço