A 10 de abril, o povo tomarense, que compareceu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, decidiu realizar a Festa dos Tabuleiros em 2023. Após essa decisão, foi a vez de escolher o/a Mordomo/a, tendo soado o nome de Mário Formiga, o qual aceitou o desafio e prepara-se agora para, em 2023, “pôr a Festa na rua”. O Jornal/Rádio Cidade de Tomar falou com Mário Formiga sobre o início dos preparativos da Festa Maior de Tomar.
Cidade Tomar – Estava à espera de poder ser o Mordomo escolhido para a Festa de 2023?
Mário Formiga – No início ouviu-se falar em muitos nomes e há vários elementos da Comissão que podiam ocupar o cargo, pois têm contribuído há muito tempo para a Festa. Entretanto, criou-se um movimento de apoio, com muitos amigos a encorajarem-me com mensagens de apoio. Sempre fui defensor da realização da Festa em 2023, não só pelo cumprimento da sua periocidade (de quatro em quatro anos), como pelo facto de não sabermos como vamos estar em 2024. Em 2023 poderá ser difícil, mas em 2024 também não sabemos como vai ser.
– Naquela altura, quando ouviu o seu nome, o que é que sentiu?
– Foi uma mistura de sentimentos. Devido à vida profissional e pessoal não é fácil, mas aceitei o desafio. Eu já participo na Festa desde 1995, a convite do Mordomo de então, Luís Santos, tinha na altura 19 anos e já percorri vários cargos, sendo na última Festa, o responsável pelas Ruas Populares Ornamentadas, o que me proporcionou muito contato com as pessoas. Posso dizer que sem o trabalho dos tomarenses e sem voluntariado não era possível realizar a Festa. Estou há 16 anos à frente das Ruas Populares Ornamentadas e sem estas pessoas era difícil. A minha tarefa é pôr esta Festa em pé com os tomarenses, com os agrupamentos, com as freguesias, com as associações, com todos.
– Na cerimónia nos Paços do Concelho, no final, deu um abraço à Maria João, ex-Mordomo. O que é que representou para si?
– A Maria João foi uma das responsáveis por eu ter aceite ser Mordomo, convenceu-me a dar este passo. Eu considero que a Festa de 2019 foi a mais bem conseguida em todos os aspetos e sei que vai ser difícil bater essa Festa, até por causa dos aspetos económicos e também da pandemia que ainda não acabou. Mas, o meu objetivo é fazer uma Festa digna. Se eu sentir que a dignidade da Festa está em causa, serei o primeiro a informar a população que será melhor não realizar a Festa. De qualquer forma, desta vez temos de começar a trabalhar mais cedo.(…)
Ana Isabel Felício/José António Fernandes
Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa de 6 de maio.