A Câmara de Tomar vai ter de transferir 319 mil euros para a Tejo Ambiente, empresa intermunicipal responsável pela gestão da água, saneamento e resíduos dos concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal e Vila Nova da Barquinha. A transferência deste valor justifica-se no âmbito da “aplicação do mecanismo legal de reposição do equilíbrio financeiro”, referindo a presidente da câmara, Anabela Freitas, na reunião do executivo, na segunda feira, que a Tejo Ambiente “só ao fim de cinco anos entrará em velocidade de cruzeiro”. Recorde-se que, no ano passado, o município já tinha transferido 812 mil euros.
O PSD interveio sobre este assunto, tendo o vereador Tiago Carrão recordado que, a 7 de fevereiro último, questionou Anabela Freitas sobre as contas da empresa, sendo a resposta diferente de agora.
Na sua intervenção, Anabela Freitas avançou que, a 7 de fevereiro, tudo indicava que as contas seriam “a zeros”, esperando-se, na data, uma transferência de um milhão de euros, o que não aconteceu.
Tiago Carrão disse não ficar convencido com a resposta de Anabela Freitas, afirmando mesmo não acreditar que a presidente de câmara “não tivesse a mínima ideia” dos valores agora em causa.
O vereador social democrata questionou, ainda, se a viabilidade da Tejo Ambiente vai depender do aumento das tarifas, voltando-se aos valores das faturas antes da entrada na empresa. Lembrou, também, que na data da adesão, foram garantidos ganhos para Tomar, por isso, questionou “que ganhos são esses e se, entretanto, abrirem avisos para candidaturas, se Tomar tem projetos para avançar?”.
Na resposta, Anabela Freitas afirmou que neste setor, a união numa entidade intermunicipal tem mais poder negocial que um só município. Lembrou que vários avisos foram publicados e que só entidades agregadas podiam concorrer, no âmbito do POSEUR, daí esse ter sido “um forte motivo para aderir à Tejo Ambiente”.
