Sabine Marciniak é uma pintora alemã que está em Portugal há 20 anos, os últimos 13 anos dos quais na vila da Golegã, onde tem o seu atelier. Os cavalos e os toiros são eternizados nos seus quadros, vendidos para todo o mundo, já que faz parte daquela minoria de artistas que consegue viver exclusivamente da sua arte. Fomos conhecê-la melhor.
Como é que surgiu o gosto pela pintura?
Eu venho de uma família bastante grande, em que todos estão muito habituados a fazer trabalhos de bricolagem, mas que, profissionalmente, são mais intelectuais, digamos assim, ou seja mais dedicados à assistência social e ao serviço do ser humano. Descobri que tinha vocação para a pintura em criança, devido a uma questão de saúde pois sofria de um problema cardíaco
pelo que sempre fui incentivada a fazer coisas no sossego. E, desse modo, comecei a fazer bricolagem, a pintar… além disso, tenho uma tendência, desde pequenita, que é de gostar de passar tempo comigo própria.
Chegou a fazer formação em Arte?
Não diretamente em Arte, mas em algo muito parecido uma vez que tirei o curso de Estilista numa Escola Superior de Design, embora esta fosse uma escola onde se dava muito valor à pintura e ao desenho, num nível mais artístico. Ou seja, não só num nível para esboçar a roupa, no sentido de vir a ser estilista, mas uma escola onde se davam aulas de arte.
Nasceu na Alemanha. Como é que veio parar a Portugal e à vila da Golegã?
Depois de ter tirado o curso de estilista, dediquei-me mais à parte de teatro e televisão, no design e guarda-roupa. Vivia em Berlim e houve uma altura em que trabalhei por conta própria e tive oportunidade de montar uma encenação de teatro. Nesse trabalho, com o realizador e um grupo de pessoas, criámos uma encenação de teatro, juntamente com uma associação juvenil e de cultura,
na vila da Benedita, em Portugal. Isto foi em 1996.(…)
- Leia a entrevista completa na próxima edição semanal