China apoia negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia

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O Presidente chinês Xi Jinping afirmou, numa videoconferência com o Presidente francês Emmanuel Macron e o Chanceler alemão Olaf Scholz, que a China lamenta profundamente o reinício da guerra no continente europeu e apoia a Rússia e a Ucrânia na superação das dificuldades para “negociarem a paz”. Referiu também que apoia a França e a Alemanha na promoção de um quadro de segurança europeu equilibrado, eficaz e sustentável.

A crise na Ucrânia foi o principal tema desta nova videoconferência entre os líderes chinês, francês e alemão. A declaração do Presidente Xi mostra mais uma vez que a China encara o assunto de uma forma justa, reflectindo o seu papel como potência imparcial e responsável.

Como membro permanente do Conselho de Segurança, a China declarou repetidamente a sua posição sobre a questão da Ucrânia e manifestou a sua vontade de desempenhar um papel construtivo na persuasão e na promoção de conversações de paz. Durante esta cimeira, o Presidente Xi reiterou que a soberania e integridade territorial de todos os países deve ser respeitada, os objectivos e princípios da Carta das Nações Unidas devem ser observados, as legítimas preocupações de segurança de todos os países devem ser levadas a sério, e todos os esforços conducentes à resolução pacífica da crise devem ser apoiados. A China acredita que a tarefa mais urgente é evitar que as tensões aumentem ou mesmo se descontrolem, e expressou a sua vontade de fornecer mais assistência humanitária ao lado ucraniano.

A Rússia e a Ucrânia já tiveram três rondas de negociações, e apesar das óbvias diferenças de posições, foi alcançado algum consenso em torno de questões humanitárias.

A China apelou à necessidade de apoiar conjuntamente os lados russo e ucraniano na manutenção da dinâmica das negociações, apelou à máxima contenção para evitar uma crise humanitária em grande escala, e argumentou que as sanções relevantes seriam prejudiciais para todas as partes. Estas iniciativas são importantes não só para evitar uma escalada dos combates, mas também para criar condições favoráveis à promoção de conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

Como disseram os líderes francês e alemão, a Europa enfrenta a crise mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. Os riscos geopolíticos na Europa estão a aumentar e a crise dos refugiados ameaça degradar-se à medida que milhões de ucranianos se deslocam para os países vizinhos. Além disso, o Ocidente impôs várias sanções à Rússia, e as consequências estão a alastrar a nível global, causando um sério impacto na economia mundial, que está a lutar para recuperar da pandemia.

Face a todos estes desafios, o Presidente Xi Jinping instou a França e a Alemanha a agir no interesse da própria Europa, a pensar na segurança duradoura e a aderir à autonomia estratégica, considerando que isso é crucial para o lado europeu responder à crise actual.

Por um lado, a França e a Alemanha, como “locomotivas” da UE, devem agir cautelosamente e evitar a escalada da situação com sanções. Por outro lado, face ao impacto na paisagem geopolítica da Europa, a Europa precisa de enfrentar as verdadeiras causas profundas da crise na Ucrânia de uma perspectiva racional. Só um diálogo entre as partes envolvidas em pé de igualdade e a promoção de um quadro de segurança europeu equilibrado, eficaz e sustentável pode garantir a segurança a longo prazo da Europa.

A situação na Ucrânia também lembra mais uma vez que o mundo de hoje não é um lugar pacífico e que o desenvolvimento está a enfrentar muitos desafios. Como duas forças importantes na comunidade internacional, a China e a Europa partilham uma linguagem comum na busca da paz, desenvolvimento e cooperação, e devem assumir as suas responsabilidades para injectar mais estabilidade e certeza num mundo turbulento e em mudança.

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