Com raízes na Linhaceira, a fadista Fátima Garcia, 39 anos, a viver atualmente em Lisboa, apresentou o seu segundo CD, intitulado “Prece”, no passado dia 22 de setembro, na Gala do Fado, no Cine Teatro Paraíso, organizada pelos Amigos do Fado. Este trabalho e a sua paixão pelo fado foram os temas de conversa com a Rádio Cidade de Tomar.
RCT – A Fátima Garcia é tomarense, nasceu onde?
Fátima Garcia – Eu nasci em França, os meus pais eram emigrantes e eu nasci lá, mas aos oito anos regressaram a Portugal para a terra do meu pai (Tomar) onde vivi toda a minha infância. Aos 18 anos fui embora para estudar Sociologia, curso que apesar de ter não exerço. Quando terminei o curso fui para Lisboa, onde estou até hoje.
– Como surgiu o fado?
– Eu sempre cantei em miúda, mas não fado e nunca quis ser cantora porque era envergonhada, apesar de as pessoas me dizerem que eu devia ser porque cantava bem. O que eu conhecia do fado era de ouvir a minha mãe a cantar lá por casa, mas quando cheguei a Lisboa, comecei a ter mais contato com o fado através das casas de fado. Fui eu que escolhi o fado, ou foi o fado que me escolheu a mim.
– Não exerce o curso de Sociologia, então vive do fado?
– Sim, mas não só. Trabalho nalgumas casas de fado em Lisboa, exemplo da “Severa” e tenho uma empresa de Origami, através da qual trabalho para empresas, faço workshops, trabalho a nível de decoração de restauração, entre outros.
José António – Edição impressa: Ana I. Felício
Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa de 15 de outubro.