Porto de Mós é um dos locais de maior tradição no DHI português e, no passado fim de semana de 10 e 11 de julho, recebeu o Campeonato Nacional de DHI, a prova mais aguardada do ano. Uma descida que decidia quem iria vestir a camisola de campeão nacional.
Gonçalo Bandeira revalidou o título nacional de downhill (DHI) na categoria de Elite, impondo-se com autoridade na prova disputada em Porto de Mós.
Depois de, em 2020, ter conquistado o Campeonato Nacional de Elite ainda a correr como júnior, Gonçalo mostrou que não perdeu qualidades com a passagem à categoria etária superior.
O corredor lousanense desceu a pista de Porto de Mós em 2’53”491, encabeçando a lista dos três únicos participantes que completaram a prova em menos de 3 minutos. Francisco Pardal (GoRide Portugal) foi o segundo classificado, a 2,522s do vencedor.
Margarida Bandeira (Casa do Povo de Abrunheira), irmã de Gonçalo, ganhou (3’56”531) o campeonato nacional de DHI na categoria de Elite Feminina.
O tomarense Francisco Sousa (Team Ribeirense DH) voltou a conquistar um lugar dentro do top-10 nacional. Conseguiu o quinto lugar na qualificação e o sétimo na manga final (3’06’’972), numa prova com mais de 200 atletas, o que foi o maior registo de sempre.
“Foi um fim de semana muito duro, nunca tinha descido esta pista com estas condições. Ficou realmente desafiante e perigosa com o desenrolar das passagens, muito física e técnica. Conseguir chegar à meta sem um problema mecânico já era uma vitória dadas as condições do percurso. Gostava muito de ter igualado o meu resultado do ano passado, mas preferi fazer uma descida controlada. Senti que estava fisicamente bem, desde já agradecer ao CrossFit Tomar todo o trabalho que têm feito comigo, mas senti que não estava com a confiança necessária para arriscar. E para evitar percalços, porque uma queda aqui nunca é agradável, decidi não sair da minha zona de conforto. Mesmo assim saio daqui com o sentimento de dever cumprido e feliz por saber que ainda consigo integrar o lote do melhores pilotos nacionais, apesar de saber que podia fazer melhor. Não nos podemos esquecer que o pódio foi composto por três atletas que vivem deste desporto, e para este desporto. Nós, os restantes ‘profissionais/amadores’, amanhã estamos ao serviço nas nossas atividades profissionais, enquanto eles estão já a treinar na bicicleta para a próxima corrida. De qualquer maneira não quero deixar de felicitar o meu amigo Gonçalo pela camisola de campeão nacional, desta vez na classe-rainha, não esquecendo também o Pardal, que depois de um ano de paragem veio aqui para ganhar. No geral acho que foi uma grande corrida!”, referiu o corredor tomarense.
A época termina no fim de semana de 24 e 25 julho, em Lorvão, com a terceira e última etapa da Taça de Portugal DHI.