Esta semana o “Cidade de Tomar” falou com Paulo Mendes, candidato do Bloco de Esquerda á Assembleia Municipal de Tomar.
Cidade Tomar – A assembleia municipal é um órgão que conhece bem?
Paulo Mendes – Sim, estive na assembleia municipal há oito anos, no mandato entre 2009-2013. Foi um período em que, em termos do município, liderava uma coligação entre o PSD e o PS e tínhamos um ministro como presidente da assembleia municipal, o Miguel Relvas. Houve também uma troca de presidentes, em que Carlos Carrão substituiu Corvêlo de Sousa. Foi um mandato de debate vivo, luta, análise e troca de experiências. Foi uma experiência interessante e recordo-me que no primeiro dia, a minha primeira intervenção foi sobre um apoio a um curso de fotografia no IPT. Foi uma intervenção pacífica, mas fui atacado e, a partir daí, percebi que tinha de ir bem preparado para as assembleias municipais. O professor Trincão já tinha estado na assembleia e eu fui o segundo eleito. O BE agitou algumas águas na assembleia municipal.
– E qual será agora o papel do BE na assembleia municipal?
– A luta continua. O papel do BE é propor, analisar, debater e criticar argumentando. A ideia que tenho das atuais assembleias, através da imprensa, é que houve alguma quebra em termos do debate. A assembleia está um órgão adormecido que urge acordar.
– Pensa que a situação em Tomar melhorou?
– A situação em Tomar tem de ser discutida e analisada. Tomar está a acompanhar a tendência nacional e mundial. Está numa linha de continuidade. Há melhorias cosméticas, mas os problemas estruturais mantêm-se. Em relação às obras na Várzea Grande, por exemplo, tenho dificuldade em perceber as críticas levantadas. Vivo perto da zona e o espaço está agradável. Trata-se de uma obra de requalificação e melhoramento bem conseguida, eficaz. Agora a questão é se seria o mais importante para o concelho? Digo concelho porque confunde-se muito concelho com cidade, esquece-se muito das freguesias, aldeias e lugares. O saneamento básico falta em todo o concelho e seria mais importante que se se cumprissem as normas europeias. (…)
Ana Isabel Felício/Elsa Lourenço
Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa desta semana.